Hoje março se despede de nós... fez a história dele e passa...que venha abril!!! De tal sorte, bem cedo, resolví abrir as portas da casa de minha infância e da Biblioteca do meu poeta amado...e limpar seus livros lidos ou não.
No ritual de sempre....após acender incenso de lavanda....começo em tranquilos toques....sempre pelo mesmo livro, que mantenho sob o maço de Cartas!
E eis que no instante em que PURA POESIA era limpa... uma folha amarelada me cai ao chão...e surge o SONETO DO AMOR TOTAL de Vinícius de Moraes. Assim, do meu canto e no silêncio obediente....quiçá aguçada numa saudade breve, venho à janela do mundo prá mostrar poesia reencontrada, aos muitos que AMO.
Soneto Do Amor Total
Vinicius de Moraes
Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.
Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.
Essa foi de arrepiar.
ResponderExcluirNão sei se você vai acrediar. Sentí na sua leitura, que houve comunicação entre o céu e ti no momento em que a folha amarela dita, caiu.
Receba como abraço fraterno. Escreva mais sobre essas emoções vividas.
Emmanoel e Lissa